quarta-feira, 31 de agosto de 2011


Roberto Mesquita pede retratação pública de governador aos professores


Dep. Roberto 
Mesquita (PV)
O deputado Roberto Mesquita (PV) afirmou, em pronunciamento na sessão plenária desta quarta-feira (31/08) da Assembleia Legislativa, que o governador Cid Gomes precisa retratar-se publicamente com professores da rede pública estadual de ensino pelas supostas declarações feitas contra a categoria. Veículos de comunicação atribuem ao chefe do Executivo Estadual as falas “quem dá aula, faz isso por gosto e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado” e “por mim, nem carreira (de educador) existiria”.

Mesquita classificou as colocações como “infelizes” e defendeu melhor remuneração aos professores. Ele lembrou do impasse judicial criado pelo Governo em torno do pagamento do piso salarial nacional da classe, estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC). “Para o senhor ser chamado de doutor Cid, influíram na sua formação inicial, lá em Sobral, professores que se orgulham da sua trajetória de sucesso. Agora, todos estão entristecidos e envergonhados”, citou.

O parlamentar disse que o Estado tem como dar melhores condições de trabalho aos mestres se gastasse menos com medidas avaliadas por ele como desnecessárias. Roberto citou os R$ 430 mil pagos mensalmente a uma empresa de táxi aéreo para o Governo ter um jato turbinado e pressurizado à sua disposição. Por ano, o contrato custa cerca de R$ 5 milhões. As informações constam no Diário Oficial do Estado (DOE) de fevereiro de 2010. “Seria melhor adquirir uma aeronave e fazer a manutenção”, ponderou.

Em aparte, o deputado Heitor Férrer (PDT) lembrou do esforço feito pela Assembleia Legislativa para por fim à greve dos educadores estaduais quando o Governo solicitou à Justiça a ilegalidade do movimento. Na opinião do pedetista, uma decisão “insana”. “Isso azeda a relação. Além dessas frases grosseiras e deselegantes proferidas”, avaliou.

Já o vice-líder do Executivo na Casa, deputado Carlomano Marques (PMDB), atribuiu a polêmica à uma distorção da fala do governador. “Ele disse que a pessoa tem que vir para a vida pública por vocação. A maldade que existe é que querem dizer que o professor tem que trabalhar e não ganhar. O que houve foi um ‘destrançamento’ entre o que o governador verbalizou e o que as cassandras de sempre colocaram no complemento da frase”, sublinhou.
BC/CG

 Audio


terça-feira, 30 de agosto de 2011


LIÇÃO DE MATEMÁTICA TEM DE INCLUIR PAI E FILHO

Medo da disciplina transmitido por adultos e falta de interesse da família agravam péssimas taxas de aprendizagem na área

"Você sabe muito mais matemática do que pensa que sabe." A frase de incentivo não é para nenhum aluno de colégio, mas para o pai e a mãe do estudante.

Parte da introdução de "Matemática para pais e professores das séries iniciais", de Osmar Nina Garcia Neto e João Batista Araujo e Oliveira, a frase também deu o tom de um seminário ocorrido este mês no Rio, para discutir justamente o ensino de matemática pelos estudantes do nível fundamental.

Muito do problema com a matemática, disciplina que tem alguns dos piores índices de aprendizagem - não alcança 20% o percentual de alunos no país que chegam ao fim do fundamental sabendo o adequado para a sua série em matemática, segundo dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) -, vem não só de um ensino Escolar deficiente ou pouco estimulante, mas também do medo que os próprios pais têm do assunto e o transmitem aos filhos. 

Outra pesquisa recente também confirmou a dificuldade de aprendizado. Na quinta-feira passada, o movimento Todos pela Educação divulgou o resultado de um teste aplicado em seis mil alunos de todas as capitais do país: 57,2% dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental não sabem resolver operações matemáticas básicas. 

É justamente para tirar o temor dos pais que o livro de Garcia Neto e Oliveira quer deixar clara a presença da matemática no cotidiano. Por exemplo: "Quando foi a última vez que você usou a regra de três? E quando calculou uma porcentagem? Quando estimou o tempo que falta para suas férias, ou para sua aposentadoria?" 

Dever de casa de pelo menos uma hora por dia 
Um dos autores, Osmar Garcia Neto chama a atenção para a importância de o aluno ver o interesse do pai ou da mãe na matéria que ele leva para casa: 

- O dever de casa precisa ser de pelo menos uma hora ao dia. É o momento em que faz diferença se o pai só olha se o filho fez o dever, sem querer saber se a criança entendeu ou não. 

Mãe de João Victor Borges, de 8 anos, do 3º ano do fundamental, a psicóloga Denise Borges, moradora de Niterói, no Grande Rio, diz que a facilidade que o filho tem com matemática foi estimulada por ela, com brinquedos, desde que ele tinha 4. 

Mais tarde, outra solução encontrada pela mãe do menino foi trazer a matemática para o cotidiano - incentivando, por exemplo, contas com dinheiro: 

- Sempre gostamos de dar quebra-cabeças para ele, que já ia se acostumando com as formas geométricas. Com 4 anos, demos um jogo que era como se fosse um baralho, mas com números, para ele descobrir o resultado das contas. Também nessa época, começamos a mostrar para ele jogos como o Banco Imobiliário; então ele já passou a fazer contas brincando com notinhas de dinheiro de mentira. 

João Batista Oliveira, que também é presidente do Instituto Alfa e Beto, organizador do seminário no Rio, destaca a relação do aprendizado com o currículo nos colégios: programas mais enxutos - mas menos superficiais em cada ponto ensinado - aumentam o desempenho dos alunos, sublinha. 

- Os países com melhor desempenho em matemática nos anos iniciais ensinam pouco, mas com profundidade. Com um currículo gordo, como o nosso, você ensina muitos pontos mas de forma superficial, e sem terminá-los. Como o aprendizado da matemática é cumulativo, se isso ocorre nos anos iniciais, o problema vai piorando; por isso os resultados no ensino médio são piores. Lá na frente, a base faz falta - diz Oliveira.

- Para o professor das séries iniciais, é mais importante conhecer a matéria que ele ensina em sala do que ter pós-graduação em matemática, por exemplo. 

No Colégio Municipal professor Paris, em Belford Roxo, Baixada Fluminense, as aulas de matemática do ensino fundamental são complementadas por oficinas no contraturno das aulas, para marcar justamente conteúdos básicos como as quatro operações e fração. 

- O dominó é o que eu mais gosto, dá para a gente jogar - diz Ana Beatriz dos Santos, de 10 anos, sobre um dominó de fração que é usado nas oficinas, com o qual os alunos aprendem a reconhecer as frações para poder juntar as peças do jogo. 

Sentada à sua frente, Juliana Ferreira Barcelos Pereira, também de 10 anos e colega de turma de Ana Beatriz no 5º ano do fundamental na professor Paris, conta por que gosta do ábaco, outra ferramenta utilizada nas oficinas. 

- Gosto mais do que quando o exercício é no quadro, porque aí (com o ábaco) eu entendo a conta. Fazendo a conta assim a gente mesmo se explica - diz. 

- Para os alunos saberem calcular área e volume, por exemplo, pedimos para medirem suas casas e fazerem a planta. Aí eles vão ver quanto precisariam de telha, tijolo... - diz a professora de matemática Joselina Soares Bastos, que na professor Paris coordena o "Mais Educação". - A matemática tem de estar na vida deles. 


Fonte: O Globo (RJ)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011


Professores da rede estadual decidem continuar a greve



Em reunião realizada na tarde desta segunda-feira, 29, os professores da rede estadual de ensino decidiram continuar a greve iniciada há 24 dias. Na última sexta-feira, o desembargador Emanuel Leite Albuquerque determinou, por meio de liminar, a suspensão da paralisação. De acordo com a decisão judicial, a categoria teria de retornar às atividades em até 48 horas, sob pena de pagar multa de R$ 10 mil para cada dia de descumprimento.

O Estado ingressou com processo contra o Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc), requerendo que fosse declarada a ilegalidade do movimento paredista ou a suspensão da greve. Segundo informações do TJ, o Estado defendeu que o Sindicato não cumpriu dispositivos da Lei de Greve e assegurou que, além de as discussões não terem sido encerradas, "alguns pontos apresentados como pauta não atendida pelo Estado do Ceará jamais foram sequer apresentados em mesa para negociação".

Ao analisar a ação, o desembargador Emanuel Leite Albuquerque decidiu pela suspensão da greve. O magistrado levou em consideração os prejuízos causados à prestação do serviço público e ao rendimento escolar de milhares de jovens. "Igualmente põe em risco a própria saúde e sobrevivência dos estudantes, que, como se sabe, dependem das refeições escolares para suas nutrições". As informações são do TJ.

domingo, 28 de agosto de 2011


"CORDEL PARA CID"
(Autor: Prof. Francinilto Almeida - Tabuleiro do Norte-CE)

Em discursos de políticos
Há certas prioridades
Dentre as quais EDUCAÇÃO
Incluem essas “beldades”
Mas o que se vê de fato
É um grande desacato
Recheado de maldades.

O Piso do Magistério
Como Lei Nacional
Surgiu em 2009
Regra Constitucional
Mas alguns governadores
“Amigos” dos professores
Buscaram o Tribunal.

Entretanto o STF
Com visão mais ampliada
Disse “Não!” aos “amiguinhos”
Daquela grande empreitada
O Piso Salarial
Já é Lei Nacional
Precisa ser respeitada.

Mas não é isso o que vemos
Garanto, posso afirmar.
Sou professor e me negam
Essa Lei tão exemplar
São interesses mesquinhos
Desses nossos “amiguinhos”
Que brincam de governar.

Dos Estados do Nordeste
É somente o Ceará
Que desobedece o Piso
E fica no deus-dará
Pois o Sr. Cid Gomes
É um dos ilustres nomes
Que contra essa Lei está.

E como se não bastasse
Andando na contramão
Ele fica com gracinhas
Sem a menor atração
Nem percebe o desmantelo
Devido à falta de zelo
Com a “pobre” Educação.

Nunca se viu nesse Estado
Um jogo tão inclemente:
Dividiu-se a Escola Pública
Da forma mais indecente
Uns são privilegiados
Ricamente bem tratados
Inscrição: SOU COMPETENTE.

No lado esquerdo, porém
Estão os discriminados...
Tentaram, fizeram testes...
Mas foram, sim, reprovados.
Então não podem tocar
Desse mais fino manjar
Dos “deuses” bem educados.

E são dois tipos de IMPOSTOS?
Eu me ponho a perguntar.
Por que este é escolhido
Sem que aquele possa entrar?
Uns têm muitas regalias
Sentem-se reis em folias,
Outros vivem a penar.
Denuncio com firmeza
Esse abuso insolente
Minha escola, lado-a-lado
De uma ESCOLA COMPETENTE
Não temos quadra, sequer
Nós somos, sim, da ralé
Inscrição: INCOMPETENTE.

Será que existe algum pai
Alguma mãe tão sofrida
Que não queiram profissão
Nessa amargurada vida
Para os seus filhos amados
De novo assim massacrados
Por uma regra indevida?

Isso tudo só se dá
Para efeito camuflado
Pois nosso Governador
O que quer é resultado
As escolas oprimidas
Por certo serão supridas
Pelas do “recheio” amado.

Não somos contra as escolas
Que ensinam a profissão.
Estamos insatisfeitos
Com a discriminação
Os direitos são iguais
Ninguém é menos nem mais
Em termos de educação.

Além dessas injustiças
Sem cumprir a Lei do Piso
O professor corre o risco
De também perder o siso
Pois nosso Governador
Aumentando a nossa dor
Acha mesmo que é preciso.

“Ensina quem tem amor”
“Nem carreira existiria”
“Por que fizeram concurso?”
São frases de maestria
Que o nosso Governador
Com carinho e com amor
Solta a plena luz do dia.

E Vossa Excelência diz:
“Ensina quem tem amor...”
Pois é isto o que não falta
Na vida de um professor
O que falta é dignidade
Por parte da autoridade
Isto, sim, Governador.

Não sabe Vossa Excelência
A rotina que mantém
Um professor que se preza
Na carreira que convém
Somente com muito amor
Mesmo com o Governador
Sugando o pouco que tem.

Esse desprezo que vemos
Com palavras tão cruéis
Mostra a sua ingratidão
Com profissionais fiéis
Pois professor é amigo
É pai, é mãe é abrigo...
São muitos os seus papéis.

São eles no dia a dia
Dando exemplos de bondade
Moldando comportamentos
Encaminhando à verdade
Ensinando o bem viver
Fazendo o país crescer
Erguendo a humanidade.

Vossa Excelência não sabe
A sobrecarga que tem
Uma professora-mãe
Guerreira como ninguém
Depois de longa jornada
Assiste à família amada
Disposta como convém.

Quantos professores vivem
Sem dispor de um bom lazer
Pois são tantas as tarefas
Restando para fazer
Isto porque nossas leis
Não nos dão a voz e vez
Para o quadro reverter.

Quem é que nesse mundo
Progride sem professor?
Que mundo pode existir
Sem a profissão do amor?
Será que Vossa Excelência
Nunca sofreu influência
De um deles, Governador?

Nós queremos mais respeito
Com a nossa profissão
Ela é quem muda os rumos
Dessa e de qualquer nação
Só alguém estabanado
Olha bem desconfiado
Pra SENHORA EDUCAÇÃO.

Ela rege o Universo
Faz conquistas envolventes
Muda qualquer panorama
Deixa as coisas diferentes...
Se não há educação
Não existe evolução
Seremos, sim, indigentes.

Será que é muito difícil
Perceber nosso valor?
Educação é a base
Digo isso aonde eu for
Sem a nossa profissão
Não existia outra, não
Sequer de Governador.

sábado, 27 de agosto de 2011

Professores em greve


Os professores do Ceará estão em greve desde o início de agosto. Lutam pela implantação do piso salarial, uma lei federal que determina: nenhum professor da rede pública, com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais, pode ganhar menos de R$ 950 por mês, com correção, este ano, passou para R$ 1.187.

Quando esta lei foi aprovada, cinco governadores entraram no Supremo Tribunal Federal (STF) – do Ceará, inclusive - questionando a constitucionalidade do piso. Essa semana, dia 24, o STF reconheceu a validade da lei.

Os professores vêm procurando negociar. Sem êxito. Daí a greve. Até agora os canais estão bloqueados. Não conseguiram uma negociação direta com o governador Cid Gomes.

Essa postura do governador precisa urgentemente ser revista. Escutar não significa capitular. Ouvir não significa ceder, mas sim estabelecer a possibilidade de diálogo.

Não deve temer. Ele não vai conversar com guerrilheiros enfurecidos, vindos da Líbia ou representantes do Al Qead... Eles são os mestres de nossos filhos. Aqueles que com toda alegria e reconhecimento deveriam estar em sala de aula passando conhecimentos – de saber e de vida – à nossa juventude.

Não podem ser hostilizados. Não podem ser desrespeitados. Não podem ser tratados de forma leviana, abusada. Merecem total deferência pelo papel que exercem na sociedade.

Se, eventualmente, os cofres estaduais não suportam estes gastos, explique à categoria. 

Seja transparente. Abra as contas do Estado. Um governante não pode ter medo da transparência. Defenda quais são as prioridades de seu Governo, mas nunca deixe de ouvir um professor. Ninguém escolhe ser professor para ficar rico. Mas por convicção e vocação. Por isso merece um salário digno pela tarefa que desempenha.

Como construir um Estado forte, desenvolvido, sem ter os professores partilhando destes sonhos? Não tenha medo governador. O Ceará espera gestos de conciliação e de solidariedade. A grandeza não está na afronta, mas na mão estendida ao diálogo.


Antônio Mourão Cavalcante
a_mourao@hotmail.com
Médico, antropólogo e professor universitário

Fonte: O POVO Online




MEC: escolas não priorizam ensino de matemática


Os alunos do 3° ano do ensino fundamental têm mais dificuldade em matemática do que em leitura - apenas 42% dominam a adição e a subtração e conseguem solucionar problemas envolvendo, por exemplo, notas e moedas. Os resultados foram medidos por meio de uma avaliação aplicada a 6 mil estudantes, de escolas públicas e privadas, das 27 capitais.
Para a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, nos últimos anos os governos municipais, estaduais e federal, além das próprias escolas, focaram mais a questão da alfabetização nos primeiros anos do ensino fundamental, quando 56% têm o domínio adequado da leitura, o que pode explicar o resultado inferior em matemática. "O diagnóstico tem que ser olhado com muito cuidado, e tem que servir para iluminar as nossas políticas. Em relação a matemática, é como se ele fosse um sinal laranja", disse.

A avaliação
A Prova ABC tem o objetivo é aferir o nível de aprendizado das crianças no início da vida escolar, após os três primeiros anos de estudo. Do total de alunos participantes, mais de 40% não têm o aprendizado em leitura esperado para esta fase, ou seja, que não dominam bem atividades como localizar informações em um texto ou o tema de uma narrativa. Em matemática, 57% teve desempenho abaixo do adequado.

O Ministério da Educação só avalia os estudantes a partir do 5º ano do ensino fundamental. Antes desta fase, o único instrumento que existe para aferir o nível de aprendizado dos alunos é a Provinha Brasil, exame que é aplicado pelo próprio professor e serve para que ele possa saber como está o desenvolvimento dos seus alunos. Os resultados não são divulgados.

Até o ano passado, a Provinha Brasil avaliava apenas os conteúdos de português e, a partir de 2011, a matemática foi inserida. "O que a gente enxerga é que todos os nosso programas relacionados à alfabetização e à leitura estão efetivamente dando resultado. Sabemos que esse resultado (superior em leitura do que em matemática) tem relação com a Provinha Brasil, os programas de literatura infantil e o Pró-Letramento que tem formado muitos professores na área de alfabetização".

A secretária avalia que agora é necessário aprofundar as ações em relação a matemática, especialmente a formação dos professores.

Escolas públicas x escolas particulares
As notas da Prova ABC também tiveram grande variação para mais entre os participantes das escolas particulares em comparação com os da rede pública. Em leitura, a média dos alunos das escolas públicas foi 175,8 pontos contra 216,7 entre os da rede privada. As habilidades dos estudantes com os números também foi superior na rede privada, cuja média foi 211,2 pontos contra 158 na pública.

Para Pilar Lacerda, o resultado está ligado à condição socioeconômica dos alunos. "São as crianças de famílias menos escolarizadas que têm mais dificuldade na aquisição da literatura e desses conhecimentos. A escola faz a diferença quando consegue garantir a aprendizagem mesmo para quem não vem com essa bagagem de casa. Os alunos das escolas particulares ganham livro quando são bebês, têm o hábito de ouvir histórias desde pequenos. A escola tem que fazer esse papel que a gente chama de efeito escola", avaliou.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5313255-EI8266,00.html

quinta-feira, 25 de agosto de 2011


Professores estaduais e alunos fecham avenida em frente à Assembleia Legislativa


Professores fecharam parte da avenida Desembargador Moreira (Foto: Iana Soares)
Professores fecharam parte da avenida Desembargador Moreira (Foto: Iana Soares)

Professores estaduais de várias partes do Estado, em greve há 20 dias, fizeram uma grande manifestação na manhã desta quinta-feira, 25, Dia D da Educação. Os docentes receberam apoio de pais estudantes, que também aderiram ao movimento.

O grupo se concentrou na Praça da Imprensa, no Dionísio Torres, e seguiu em passeata até a Assembleia Legislativa de Fortaleza, com faixas, cartazes, tambores e realizando apitaço. Os manifestantes bloquearam parte da avenida Desembargador Moreira, em frente à Assembleia.

Uma comissão de professores foi recebida pelo presidente da Assembleia, deputado Roberto Cláudio, e pelo líder do Governo da Casa, Antônio Carlos. O grupo está reunido neste momento para conversar sobre as reivindicações da categoria. Os professores querem barrar a votação de uma mensagem do Governo do Estado que altera a tabela de remuneração dos docentes e seria votada pelos deputados. De acordo com o deputado Antônio Carlos, o Governo desistiu da matéria.

Na noite desta quarta-feira, 24, os professores foram recebidos em audiência pelo governo do Estado, representado pelo chefe de gabinete da Casa Civil, Ivo Gomes, além dos deputador Roberto Cláudio e Antônio Carlos, mas não houve avanços nas negociações. De acordo com o sindicato, Ivo Gomes informou que a posição do governo é de não negociar enquanto os professores estiverem em greve.